quarta-feira, 1 de junho de 2011

Leave ME

I want to be alone...




THE GREAT DICTATOR - um memorável filme, um excelente estudo de macrotendência, para quem tiver habilidade e sensibilidade criativa.



Tendências comportamentais a serem observadas com uma sutileza... presentes na teatralidade adversa e paradoxal do ser humano do século XX, em meticular seu egocentrismo em prol de seu único, egoísta, exclusivo e insaciável prazer. Este personagem caracterizado por Chaplin como Adenoid Hynkel .


O barbeiro, também interpretado por Chaplin, fascina pela discreta habilidade de amar... sentir... ver... ouvir... ser alegre sem preconceitos, o que ainda subjetivamos ao reflexo do sonho, ou o irreal, o ideal...e o filme termina assim: O discurso da vitória:

==O discurso==
"Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.


Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.


O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido....